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sábado, 7 de maio de 2011

História antiga, Freud e eu. XD

Matheus de Souza

Eu li, há algum tempo, em um Blog, um texto sobre dois lobos. Ontem eu estava conversando sobre este texto com uma amiga e, assim que me despedi, o texto voltou explosivo ao meu consciente com muitas questões, muitas respostas, novas interpretações e um novo final. O meu final. Vou contar a história com minhas palavras.
Se não me engano, Freud, em algum de seus inúmeros livros, reconta tal história (cientificamente) com outros nomes. Subdivisões do que ele chamou de ego.

Há muito tempo, nos primórdios da história, um ancião chama seu neto - e discípulo - para uma conversa. Seu neto estava no princípio dos ensinamentos e seu avô queria lhe transmitir o conhecimento sobre a razão da vida ou, no mínimo, os caminhos que seu filho deveria seguir durante a mesma.
- Meu caro, você já ouviu falar dos lobos que seus pais lhe deram?
- Não meu avô. Nem ao menos sabia que meus pais tinham me dado algo tão valioso.
- Deixe de ser bobo menino, não se prenda a esta realidade estúpida. Os lobos dos quais eu falo estão aprisionados dentro de você. Um deles se chama Yang, e é o mais aplicado dos dois. Yang é bom, piedoso, forte e astuto. Seu pelo branco condiz com seu espírito juvenil e nobre.
“Já o outro, o lobo negro, se chama Yin. É maquiavélico e calculista. Muito veloz e inteligente. Sempre com bons planos em mente. É um tanto mais frágil por ser tomado de pensamentos ruins e atitudes que o prejudicam, porém compensa toda a falta de força com estratégias de batalha – mesmo que não esteja em batalha.”
“Os dois vivem em constante conflito dentro de seu subconsciente. Essa guerra deveria durar para sempre mais, em boa parte dos casos, se encerra assim que se encerram as questões.”
- Brilhante história meu avô. Mai qual lobo vence a guerra?
- Isso depende meu caro. Qual deles você tem alimentado?
- Qual deles eu deveria alimentar?
- Talvez você devesse alimentar o que gosta da tortura. Enquanto os dois se mantiverem vivos, você poderá sempre voltar atrás em suas decisões. O que estiver mais tomado por ódio vai ter a morte como aliada.
- Pensando no que me disse acho que devo alimentar o bom lobo. Ele é mais inteligente e conhece este equilíbrio então, não matará velozmente. E a tortura neste caso – e somente neste – não é tão horrível. Eu não só devo alimentar o lobo branco – Yang – com já o estou fazendo a muito.
- Talvez meu caro. Mas pense bem: independendo do que você alimentar, o ódio será o alimento proveniente da fome do outro lobo. O alimento irá gerar certo fanatismo e o lobo Yang irá se acomodar. A luta será desastrosa e a morte virá mais rápida. O mesmo acontecerá com o oposto. Reveja seus conceitos de equilíbrio e me procure. Mas, se for para lhe ajudar, o lobo maquiavélico e estrategista será para sempre o merecedor de alimento. É o que eu tenho alimentado e, embora isto não me traga felicidade alguma, todo conhecimento que hoje lhe passo é proveniente do lado negro da história. Reflita sobre isto.

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