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sábado, 12 de março de 2011

Salario


                Não vemos lutas, guerras ou gritos nas ruas. A história do nosso país é a mais branda do mundo. É fácil governar para pessoas que só se preocupam com o desempenho de times de futebol ou resultados de jogos de azar que não são proibidos. Governar não deveria ser tão fácil.
                O Brasil é um país variado, isto é fato, mas esta variação não se limita à fauna e flora. Não em um país que vemos milhares de pedreiros e mais de trezentos deputados. Não em um país onde o real salário mínimo é de cinqüenta reais e o real teto salarial é de mais de um milhão.
                O piso e o teto salarial são mascarados por leis onde funcionários públicos têm um limite de renda salarial, um limite que vai de R$ 545,00 até R$ 26,7 mil. Seria o paraíso se este ajuste estivesse nas mãos do próprio funcionário, se alguns pudessem estar sempre decidindo um aumento em nossa renda. Se considerarem isto um paraíso, alegrem-se pois se encontram nele. No dia 15 de dezembro o senado aprovou o aumento salarial dos parlamentares para o valor citado acima sendo este o teto salarial. E o mínimo continua a mesma miséria de sempre.
                Nestes últimos anos, mais precisamente entre 1998 e 2011, o salário mínimo aumentou R$ 409,00 enquanto o salário dos parlamentares que foram encarregados de defender nossos direitos e dores aumentou 44 vezes este valor. Homens que foram encarregados de defender nossos direito se preocupam apenas com seu sucesso financeiro, assistindo famílias definharem em regiões desfavorecidas
                Governar não deveria ser tão fácil. Governar não deveria se limitar a prescrever leis que apenas favorecem estes senhores. Governar deveria contar com mais democracia. Não uma democracia onde parte do povo determina quanto merece receber. Não apenas parte do povo. É um privilégio que deveria ser universal.
                Apenas o PSOL se opôs ao fato. Eis uma declaração de um de seus deputados: “Essa decisão aprofunda o abismo entre a sociedade e o parlamento. É uma demasia”. Pronunciamento de Chico Alencar.

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