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Procura aê

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Não existem dons


Hoje eu assisti, de olhos vedados
A morte de um avulso
Posso ver, de olhos lacrados
Cada canto deste mundo

Não posso desfrutar do meu dom
Pois todo o mundo não desfruta
Teria primeiro que escutar o som
Da revolta absoluta

Sou apenas um poeta louco
Considero esta minha diferença
Critico com tão pouco
Fiz da solidão minha ciência

Por isso ignorantes me excluem
Mais ainda sou um peso vivo
Neste grande ovo do universo

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