“Já não me preocupo em escrever para ninguém. Já não me preocupo se minhas palavras, quando colocadas no papel, se tornam insanas. Não me importo com o que as pessoas dizem sobre meu cabelo. Minhas unhas estão grandes de tanto praticar o canibalismo. Devoro partes do meu corpo todos os dias. Comecei de dentro para fora. Por isso pareço ‘perfeito’, mas meu corpo é gelatinoso. Não tem massa bruta, só ar. As vozes na minha cabeça pedem poesias, mas só o que consigo dar são palavras que logo são atiradas aos porcos. Onde estão minhas pérolas!? A ostra gigante chora todos os dias, mas esquece da preciosidade. Meu coração parou de bombear sangue para o corpo, ele simplesmente o arremessa, sem se importar com o alvo. O sangue corre como flechar por minhas veias e volta para o coração como um tiro. Um tiro fatal”
Nenhum comentário:
Postar um comentário